Nada como um dia após o outro. Quando o Urubu voava fantasticamente com a lanterna do Brasileirão na mão, a cartolagem pediu o apoio da torcida para resgatar o time. Adoçou a boca dos rubro-negros com a diminuição do preço dos ingressos.
O Flamengo saiu do sufoco, enfileirou uma série de vitórias e colecionou números incríveis nas arquibancadas – 51 mil contra o Grêmio. Prêmio pelo invejável empurrão da galera: bilhetes mais caros contra o Corinthians, no fim de semana. O ingresso para o setor norte, o mais popular, sofreu um reajuste de 25% e passou para R$ 50. No leste, a alta foi de 50% e a entrada pulou para R$ 90.
Outras pechinchas: R$ 70 (sul, com parte destinada aos corintianos), R$ 120 (oeste) e R$ 220 (Maracanã mais). Sócios-torcedores têm descontos.
Eufóricas com o passa-moleque, a Associação das Torcidas Organizadas do Flamengo elaborou uma carta de repúdio à decisão dos cartolas, que não contribuem com um mísero centavo – santa carteirinha!
Os rubro-negros lembraram que, antes da Copa, o clube diminuiu o preço no setor norte para R$ 40 e prometeu mantê-lo até o final do campeonato. Admitiram que seria aceitável uma majoração, ‘sem abuso’, se fosse numa fase decisiva, uma semifinal de Copa do Brasil, por exemplo.
“Nossa paixão não é produto. Somos torcedores e não meros consumidores, pois somos movidos pela paixão ao Clube de Regatas do Flamengo”, diz o comunicado das torcidas. “Embora sejamos maioria em todas as classes sociais, somos conhecidos por ‘molambos’, ‘sem dinheiro’, ‘favelados’, dentre outras derivações por conta de nossas características populares, inclusive pejorativas.” Fonte: ESPN
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