12 abril 2014

Fora da Libertadores, presidente do Fla admite risco de atrasar salários


Quando o Flamengo saiu de campo no Maracanã derrotado pelo León-MEX por 3 a 2 e acabou fora da Taça Libertadores da América, não foi apenas a eliminação que se tornou uma dor de cabeça. Após 15 meses da gestão do presidente Eduardo Bandeira de Mello, o risco no atraso de salários do time de futebol bateu à porta. E, caso venha a ocorrer, não será a primeira vez. Em julho de 2013, os salários dos jogadores chegou a atrasar por alguns dias, ultrapassando a meta estabelecida para o pagamento, que era o quinta dia útil do mês. O caso dos funcionários foi ainda pior, pois a dívida já vinha desde o mês anterior. O mandatário rubro-negro admite o risco de um novo atraso, mas afirma que está em busca por fontes alternativas para evitar o problema.

- O risco sempre existe, mas nós vamos fazer de tudo para que isso não aconteça - afirmou Bandeira de Mello. 

A saída da Libertadores representa a perda de R$ 10 milhões, quantia que estava sendo considerada como fonte oriunda da bilheteria nas oitavas e das quartas de final do torneio, de acordo com a projeção realizada pelo departamento financeiro do clube. Uma possibilidade de fonte é a conquista do Campeonato Carioca, o que acarretará um ganho de R$ 3,5 milhões. No entanto, o valor ainda passa longe de aliviar a tensão nas finanças. Outra alternativa que a diretoria rubro-negra deposita suas fichas é nos jogos fora do Rio de Janeiro, pelo Campeonato Brasileiro. A estreia, dia 20, acontece contra o Goiás no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

- Nós estamos sempre buscando novas receitas, trabalhando na capacitação de novos parceiros, considerando a possibilidade de fazer alguns jogos fora do Rio. Pretendemos ter uma receita de bilheteria um pouco maior, dentro do grande espectro da complexidade que é o negócio futebol dentro do Flamengo - revelou.

O enxugamento da folha salarial também é uma medida que será tomada nos próximos meses. Por ora, contratações de peso estão descartadas e o elenco deve sofrer algumas dispensas. É o caso do meia Carlos Eduardo. Muito utilizado pelo técnico Jayme de Almeida na conquista da Copa do Brasil de 2013, o jogador perdeu espaço na atual temporada, justamente quando seu contrato de empréstimo junto ao Rubin Kazan alcançava a reta final. Com acordo firmado até junho de 2014 e dono do maior salário do elenco, Cadu será devolvido ao clube russo. 

- Vamos ter que estudar medidas de ajustes para que a gente se mantenha na política de responsabilidades. Nossa prioridade é sempre manter o Flamengo como um clube cidadão, que paga seus impostos, funcionários e atletas em dia - disse o presidente rubro-negro.

Bandeira de Mello, seus vice-presidentes e diretores, assumiram a administração do Fla

 em dezembro de 2013. Passado pouco mais de 15 meses à frente do clube de maior torcida do Brasil, o mandatário prefere não dar uma nota para a sua gestão. O presidente flamenguista, no entanto, mantém o mesmo discurso utilizado durante todo esse período, pontuando que até o momento a trajetória no comando da instituição tem se pautado pela tentativa de resgatar a credibilidade e a dignidade do Flamengo.

- Eu não seria um avaliador muito imparcial, muito isento. Mas acho que esses 15 meses tem sido marcados por tentativa de resgatar a credibilidade e a dignidade do Flamengo. De dar exemplo para os 40 milhões de torcedores rubro-negros que não gostariam de ver aquela trajetória em que o clube era considerado um mau pagador, que não cumpria seus compromissos e que tinha dificuldade, inclusive, de atrair jogadores, treinadores e até interlocutores e fornecedores comerciais - concluiu.
Fonte: Arena SporTV

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comments System

Disqus Shortname