30 maio 2014

Em meio a burburinho sobre o futuro, Bandeira de Mello tira férias até dia 6

Notícia de pedido de licença mais longa circula pela Gávea, mas presidente diz não ser covarde. Possibilidade de afastamento, por sua vez, foi tema de debate familiar.

Uma semana para esfriar a cabeça. Com o Flamengo em estado de ebulição no campo e também na política, Eduardo Bandeira de Mello aproveitou a paralisação para Copa do Mundo e tirou férias até o próximo dia 6 de junho. Presente nos treinamentos de terça e quarta-feira, no Ninho do Urubu, o presidente está fora do Rio de Janeiro e há no clube quem coloque em dúvida um retorno imediato ao cargo. Cada vez mais na mira da torcida com a má fase recente da equipe no Brasileirão, não foram poucas as vezes em que Bandeira de Mello foi alvo de protestos coletivos nas arquibancadas e até mesmo hostilizado por torcedores situados junto ao seu camarote no Maracanã. 

Após a derrota para o São Paulo, acompanhantes do mandatário no local chegaram a rebater as críticas, dando início a um rápido bate-boca. Tais episódios fizeram com que começasse na sede social da Gávea um burburinho a respeito de um pedido de licença mais longo, motivado por pressão familiar.

Na última terça-feira, no centro de treinamento, Bandeira fez questão de rechaçar a possibilidade e disse não ser covarde para tomar tal atitude. Pessoas próximas à família do dirigente, por sua vez, garantem que o tema foi colocado em debate. A justificativa para o afastamento seria problema de saúde da esposa do presidente. Até o momento, porém, nada passou de um diálogo familiar.

Períodos de férias não são incomuns no Flamengo. Um marcante aconteceu com o ex-presidente Márcio Braga, que tirou dias de folga e viajou para Disney também em um momento de cobranças ao time de futebol. Na época, o episódio foi alvo de piadas com personagens do parque americano.

Desde que assumiu o clube, há um ano e meio, Bandeira de Mello tem na serenidade sua principal característica. Até então, no entanto, não tinha vivido momento de tamanha pressão. Com os títulos da Copa do Brasil e do Carioca, o departamento de futebol vivia dias tranquilos, e os momentos de crise tinham o ex-diretor executivo Paulo Pelaipe como alvo. Dessa vez, a situação mudou, e o presidente foi quem recebeu a carga.

No momento, quem responde pelo Flamengo é o vice geral, Walter D'Agostino. De férias, Bandeira de Mello terá tempo de sobra para refletir e conversar com a família. Com mais um ano e meio de mandato, a cadeira mais importante do clube é a realidade. Resta saber se assim será até dezembro de 2016. Fonte: Globo Esporte

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