Torcedores localizados próximos ao camarote no Moacyrzão cobram investimentos. Enquanto ouve ofensas, presidente cruza gramado sem olhar para trás.
Seja no Maracanã ou em Macaé, a torcida do Flamengo começa a dar mostras de que a paciência com a diretoria chegou ao limite. Depois dos muitos protestos na derrota para o São Paulo, o presidente Eduardo Bandeira de Mello voltou a ser alvo de cobranças após o empate por 1 a 1 com o Bahia, nesta quarta-feira, no Moacyrzão. Assim que o árbitro apitou o fim do jogo, parte dos rubro-negros presentes nas arquibancadas se virou para a tribuna de honra e disparou ofensas.
- Mostra a cara, careca. Tira o dinheiro do bolso – gritou um dos mais exaltados enquanto o mandatário deixava o local.
A maior parte das críticas era a respeito da política de redução de gastos adotada pela gestão atual em prol das finanças do clube. O pedido por reforços era evidente, além dos gritos de “time sem vergonha” nos minutos finais da partida. Com o Moacyrzão já quase vazio, Bandeira cruzou todo o gramado ao lado de seguranças para chegar ao vestiário rubro-negro e ouviu mais protestos.
- Respeita a torcida do Flamengo! – pediu um dos poucos que ainda o aguardava no vidro que separa a arquibancada do gramado.
Sem sequer virar para trás, Bandeira seguiu em passos lentos até o local onde estavam jogadores e comissão técnica. Além do presidente, o diretor executivo Fred Luz, que acumula o cargo de diretor executivo, também esteve no estádio.
Em seis partidas no Brasileirão, o Flamengo venceu apenas uma, tem cinco pontos e corre o risco de terminar a rodada na zona de rebaixamento. Domingo, o rival é o Santos, no Morumbi, em São Paulo. E até lá a realidade rubro-negra é só uma: pressão. Fonte: GE
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