Com pendência na forma de pagamento dos salários de maio e junho, meia se despede dos companheiros nesta quinta, no Ninho, mas ainda discute parcelamento.
O casamento chegou ao fim, mas Carlos Eduardo e Flamengo usarão aliança por mais um tempo. O acordo assinado no Ninho do Urubu, após o treinamento de quarta-feira, é referente a um termo de liberação do meia das atividades com o elenco, mas não uma rescisão do contrato de empréstimo que vai até 30 de junho. Sem o aval do Rubin Kazan para receber o atleta de imediato, o Rubro-Negro o mantém na folha salarial, apesar de conversas indicarem para um parcelamento das pendências.
Há cerca de um mês, o Flamengo negocia com o jogador e o Rubin Kazan a rescisão antecipada do vínculo atual. Na semana passada, Jorge Machado, empresário de Cadu, viajou até Moscou para saber da possibilidade de devolução imediata do atleta, com os russos arcando com, ao menos, os honorários do mês de junho. A resposta do clube com quem o meia tem contrato até 2018 foi negativa – apesar do interesse de reintegra-lo após a Copa do Mundo.
Com isso, a solução apresentada pela partes foi um acerto para liberação dos treinamentos, uma vez que o Flamengo já tornou público que Carlos Eduardo não entrará mais em campo pelo clube. Fica, no entanto, a pendência da forma de pagamento dos salários de maio e junho. Um acordo vinha sendo costurado para o parcelamento do montante em parcelas de cerca de R$ 157 mil até dezembro. A questão, por sua vez, não foi oficializada, impedindo assim a quebra de contrato. Não está descartada a possibilidade de que Cadu receba normalmente nos quintos dias úteis de junho e julho, encerrando de todas as formas sua ligação com o Flamengo.
Mesmo fora dos planos, o camisa 20 participou normalmente dos treinamentos até a tarde de quarta-feira – quando Ney Franco foi apresentado. Na manhã desta quinta, Cadu irá ao Ninho do Urubu para recolher seu material e despedir-se oficialmente dos companheiros.
A última vez que Carlos Eduardo entrou em campo pelo Flamengo foi no dia 19 de março, quando foi titular na derrota por 1 a 0 para o Bolívar, em La Paz, pela Taça Libertadores da América. A partir desta data, o camisa 20 sequer sentou no banco de reservas, apesar de ter sido relacionado para concentração das partidas contra Emelec, no Equador, León e na finalíssima do Estadual com o Vasco.
Apesar das críticas recorrentes, internamente há um consenso de que o elenco rubro-negro não pode ficar sem um jogador com as características de Carlos Eduardo para cadenciar o ritmo de um time marcado pela velocidade de Paulinho e Éverton. A chegada de um substituto é apontada como uma das prioridades nas investidas do clube no mercado para a disputa do Brasileirão.
Contratado no início de 2013 como principal nome do início de gestão de Eduardo Bandeira de Mello, Carlos Eduardo entrou em campo com a camisa do Flamengo em 49 oportunidades e marcou um gol: diante do Cruzeiro, no Mineirão, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Em 2014, foram apenas sete aparições. Fonte: GE
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