21 outubro 2014

Desprezado no Flamengo vira titular na Champions League.

Quando o volante Leandro Salino chegou ao Flamengo, em 2007, vindo do Ipatinga, achou que tinha acertado a vida. 

Afinal de contas, estava agora em um dos maiores clubes do Brasil, e dali para a fama e fortuna seria um passo. Na Gávea, no entanto, as coisas não saíram como esperado. Teve poucas chances e fez pouco mais de 10 partidas pelo time. Parecia que seu destino era virar mais um andarilho da bola, sem nunca se firmar em nenhum lugar. Mas a vida lhe reservava algumas boas surpresas.

Após boa passagem pelo futebol português, ele recebeu em 2012 uma tentadora proposta do Olympiacos, da Grécia, país que vivia então uma grave crise financeira. Era arriscado, mas o mineiro de Juiz de Fora resolveu aceitar, e foi para a equipe em 2013. Acabou acertando em cheio.

Em Atenas, Salino virou ídolo da torcida e titular da equipe que hoje disputa com regularidade a Uefa Champions League. Campeão nacional na última temporada, ele é "o cara" no time do técnico espanhol Míchel González, que sempre o escala para marcar o craque da equipe adversária. Fora dos gramados, também está vivendo grande fase.

Como os amigos e familiares adoram visitá-lo na capital grega, ele virou "guia turístico", visitando diversas vezes os principais pontos da cidade, como a famosa Acrópole. Isso, no entanto, acabou lhe causando uma pequena "decepção", já que ele não encontrou por lá alguns de seus maiores heróis da infância: os Cavaleiros do Zodíaco.

"Eu adorava ver os Cavaleiros na TV quando era criança. Mas, desde que cheguei aqui, não vi nenhum Cavaleiro, nem os tais deuses gregos. É tudo mentira (risos)!", brincou o atleta, de 29 anos, em entrevista à Rádio ESPN.

"Já fui ver todos os pontos turísticos de Atenas, conheci a Acrópole, as paisagens, tudo que tem. Agora, só organizo excursão e apresento aos amigos e familiares que chegam (risos). Todo mundo acha lindo!", completou o jogador, feliz da vida.

Outro de seus lugares favoritos é a ilha de Santorini, no mar Egeu, que Salino visitou no ano passado com sua mulher. Mas não é só de lindas paisagens que o país é feito. Como bom brasileiro que é, o volante adora o churrasco grego - que na Grécia, obviamente, é chamado apenas de churrasco.

"O churrasco grego aqui é muito gostoso, mas é muita carne. Eles comem muito, são exagerados. Um churrasco pra cinco pessoas, eles fazem pra 20. É uma carne macia. Quando os caras falam vamos fazer um churrasco, se prepare para comer muito. Eles colocam no espeto e colocam a carne toda sem fatiar, ao contrário do Brasil", contou.

Apesar de já estar totalmente adaptado ao país europeu, Salino confessa que só arranha um grego básico para se virar em Atenas, e não entende o alfabeto local.

"Aprender o básico do idioma até que é tranquilo, no dia a dia você aprende. O problema é ler ou escrever. O alfabeto deles é muito difícil! Só praticando muito mesmo", relatou.

"Se você fala alguma coisa em grego na rua, eles acham que você domina o idioma. Precisa pedir para eles pararem e falar em outra língua, porque eu não entendo nada (risos)", ressaltou o atleta, que é frequentemente assediado pelos torcedores do Olympiacos quando sai em Atenas.

Na atual Liga dos Campeões, o brasileiro esteve ausente nos dois jogos da equipe alvirrubra até agora (vitória por 3 a 2 sobre o Atlético de Madri e derrota por 2 a 0 para o Malmo), já que esteva lesionado. No entanto, ele já está recuperado e confirmado para o confronto contra a Juventus, nesta quarta-feira, às 16h45 (horário de Brasília). Fonte: ESPN

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